Caros leitores,

Bem vindos ao mais pensativo, sensato, abusivo e realista blog já visto. Nele você encontra vários assuntos da atualidade (sub)Urbana, que lhes farão repensar no que vos passa despercebido dos acontecimentos diários, levando a uma intriga psicológica e estimulando o debate...esse é o objetivo mor.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

MTV- Balões



                            http://www.youtube.com/watch?v=ENuU7TCshhQ


Comemorando os 21 anos da MTV brasileira, a agência Loducca criou um comercial chamado "balões" que se baseia nas técnicas de Flip Book, coleção de imagens organizadas sequencialmente, dando impressão de movimento, e Stop Motion, traduzindo para o português: "movimento parado", que contém animação quadro a quadro, que são os balões, onde contam a história do pintinho que nasce do guitarrista do Kiss fazendo um riff e um rockeiro encontrando o diabo. Mostra também slash dedilhando sua Gibson, Amy Whinehouse tendo um filho e até mesmo Ozzy Osbourne aparece nesse pequeno conto, botando um ovo, o que nos remete a grande questão: ‘Quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?'‘, querendo explicar que por mais evoluída que a ciência seja, ela ainda não conseguiu descobrir a resposta para esta pergunta.
 Tanto no início quanto no final do vídeo a cena do ovo e da galinha aparece querendo passar para o receptor a mensagem de que a música sempre existiu e evoluiu durante esses anos e a pergunta, que passou por todas as épocas, continua sem resposta até os dias atuais. Isto mostra a evolução da música e dos estilos musicais junto com a evolução da MTV durante esses 21 anos,
No final do vídeo aparecem as seguintes mensagens: “A música nunca para.” e ‘‘A festa nunca para”. A primeira frase subentende-se que a MTV nunca irá acabar, porque é um canal que depende da música. Desta forma a frase quis mostrar que assim como a música nunca para a MTV nunca irá deixar de comemorar o sucesso alcançado por ela. Ela deixa implícito que quando há ‘‘comemoração”, ''festa'' a música geralmente está presente, por isso a música e a festa nunca irá parar.
De acordo com Dulcidio Caldeira, diretor do vídeo, foram quase 24 horas de trabalho para produzir uma animação de 10 quadros por segundo, 600 balões em um trilho de 140 metros dentro de um galpão, no qual um carrinho percorria o trilho há 20 km/h estourando os balões, dando uma ideia de comemoração, devido ao aniversário da emissora.
O uso de signos não verbais está presente em toda a propaganda desempenhando o mesmo papel das palavras, que seriam signos verbais. Podemos observar esses signos não verbais na parte visual quanto na parte auditiva, devido à ''história'' contada pelos desenhos presentes nos balões e pela música de fundo, respectivamente.
 O conceito ''signo'' se divide em significante e significado e neste vídeo, sendo assim os balões e a música fazem o papel de significante, querendo passar a mensagem de comemoração, que seria automaticamente o significado.
O reconhecimento desse árduo trabalho não deixou de acontecer, e veio através da conquista de alguns prêmios no mercado musical, incluindo três leões no Festival de Cannes: ouro em Design, ouro na categoria Film Craft, e bronze em Film, e 1° lugar no top 20 do Adicritic. Além de Cannes e do top 20, o comercial dos “balões” ficou entre os primeiros na categoria “Film” em um site americano chamado Ads of the world.

Assistam também ao Making Of!
http://www.youtube.com/watch?v=7Hnx--KGAZo

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Etnia e Preconceito

            Há um instinto primitivo em cada Homem que faz com que esse tema aquilo que não conhece. Dentro desse temor há a ignorância de não querer conhecer aquilo que é diferente. E há um perigo ainda maior em julgar-se superior àquilo que se apresenta como novo e não convencional a sua cultura
            Esses fatores executados por um individuo ou por um grupo é denominado Etnocentrismo, partindo do ponto de vista da sua própria cultura o grupo étnico ao invés de ver os outros como diferentes, trata-os com preconceito, o que leva o escárnio, segregação e ate mesmo a violência contra os grupos ditos “inferiores”
            Esse conceito Antropológico que é constantemente corroborado por fatos históricos, alguns mais conhecidos como a escravização de africanos pelos europeus, o Holocausto Judeu na Alemanha Nazista de Hitler, O Apartheid que consistia na política oficial segregação racial do governo da África do Sul (1948-1994) e a Limpeza étnica feita pelo presidente iugoslavo Milosevic na Bósnia e no Kosovo.Todos esses com o devido destaque histórico. Mas existe também o etnocentrismo que pode vir a passar despercebido
            Dentro de uma mesma nação diferenças socioeconômicas entre regiões podem gerar a falsa sensação de superioridade como é visto no Brasil em relação ao Sudeste com maior desenvolvimento econômico em relação ao Nordeste, o que leva a imigração de nordestinos em busca de condições melhores de vida e ao chegar às grandes cidades sofrem com o preconceito e o estereotipo  
            As formas que o etnocentrismo pode tomar são diversas, mas a causa inicial sempre será o preconceito, não há evidencia cientifica que comprove a superioridade de uma raça. Mais evoluído é aquele que sabe lidar com as diferentes, que pode compreender e aprender com elas e assim fazer crescer sua heurística e consequentemente sua cultura


quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Cosmogonia: Big-Bang


Antes de começar a escrever sobre a origem do universo, terei que explicar o por que fiz o uso da palavra “cosmogonia”. Essa palavra é utilizada para abranger todas as crenças, lendas ou teorias acerca da origem do universo, ou seja, qualquer hipótese sobre, é considerada uma cosmogonia, desde a crença de que Deus criou o mundo em 7 dias, passando por lendas mais desconhecidas por nós, como a lenda da “raposa prateada” pelos Miwok (nativos da America), chegando, enfim,  à tão falada teoria do “Big-bang”.
                A teoria da origem do Universo pelo “Big-bang”, ou hipótese do “átomo primordial”,  foi concebida pelo astrônomo e ironicamente padre, Georges Lemaître, e posteriormente aperfeiçoada por outros cientistas, diz que tudo que se encontra no universo, inclusive o espaço entre as matérias, estaria, no passado, comprimido em um único átomo, que devido a uma alta densidade e elevada temperatura, ocorreu uma fissão nuclear, gerando assim, uma grande explosão e criando tudo que vemos hoje em dia.
                Essa teoria é comumente vista como a mais plausível, pois a partir de estudos realizados, foi possível notar que todas as galáxias estão se afastando cada vez mais,o que nos leva a crer que em um passado muito remoto toda a matéria estaria aglomerada em um único ponto. Entretanto essa teoria tem um porém: qual seria o ponto de partida para a origem do “átomo primordial”?
                Bom, na verdade, o físico mundialmente famoso chamado Stephen Hawking escreveu um livro, junto com o também físico Leonard Mlodinow, chamado “The Grand Desing” onde ele diz que “O universo é capaz e criará a si mesmo sozinho” e também “A criação espontânea é a razão de que existe algo, é por ela que existe o universo, que nós existimos”. A teoria diz que as leis da física que regem o nosso universo, teriam a capacidade de criar o próprio universo, sem ter a ajuda de terceiros, mesmo que um dia o próprio Hawking tenha dito que a existência de um Deus não é algo tão absurdo e que a ciência e Deus poderiam coexistir.
                As leis existentes no universo poderiam sim ter ocasionado o surgimento do “Big-bang”, pois se há uma lei como a gravidade, e se ela é tão importante e influente no universo, nos leva a crer que essa lei deveria ter sido surgida antes mesmo do surgimento do universo, o que explica a sua criação.
                Não digo com certeza que as hipóteses, tanto a da existência de um “átomo primordial” ou de como ele veio a surgir explicitadas nesse texto, sejam de fato verídicas, porém são plausíveis, tanto quanto a existência de um criador onipresente e onipotente.

Mobilizações dos Estudantes Chilenos





Há três meses temos acompanhado a vistosa mobilização estudantil no Chile, liderados por uma estudante comunista, com o auxílio da FECH (Federação de Estudantes Chilenos). Com o apoio de 81,9% da população chilena os estudantes vão incansavelmente às ruas reivindicar uma educação gratuita e de qualidade, tanto no ensino secundário como no ensino superior.
Nas universidades ditas “públicas” os estudantes além de pagarem a matrícula pagam também às mensalidades. Pasmem, o valor das mensalidades vão muito além do salário mínimo. A mensalidade pode chegar a custar 300 mil pesos chilenos, enquanto os trabalhadores que contam com apenas um salário mínimo, recebem 182 mil pesos chilenos. O financiamento público da educação é igualmente pauta de discussões para os estudantes secundaristas, já que os colégios são financiados pela iniciativa privada. Isto gera uma exorbitante desigualdade educacional.
Talvez esta desigualdade na educação explique a grande adesão popular às lutas estudantes nos diversos setores organizacionais da sociedade civil chilena. Os professores e os sindicatos de trabalhadores do cobre proclamam apoio aos estudantes.
Podemos no atual momento de antagonismo entre a sociedade civil chilena e o governo chileno, supor que o presidente Sabastián Piñera irá atender as reivindicações dos estudantes. Ledo engano, o excelentíssimo presidente do Chile, de extrema direita, continua fazendo uso do aparelho coercivo do Estado para reprimir as manifestações com o auxílio de bombas e jatos d’água.
Na sociedade ocidental a educação reflete a disparidade social entre as classes, tendo em vista que a educação de qualidade conduz o indivíduo a uma classe social mais beneficiada economicamente em contraponto ao indivíduo que não goza da mesma educação. O povo chileno já percebeu que a educação de qualidade e democrática é capaz de emancipar o indivíduo do aprisionamento que as classes hegemônicas os impõem.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Manipulação da Mídia


A manipulação da mídia é um tema que abrange opiniões totalmente diferentes e inúmeras discussões. Há quem acredite que a mídia é uma péssima influência, pois molda nossas opiniões, nos deixando alienados. E há, também, quem acredite que a manipulação é normal, afinal, influência por influência, influenciamos uns aos outros diariamente. A partir dessas observações e de todos os questionamentos que surgem delas, nascem as seguintes dúvidas: até que ponto influenciar é realmente bom? E qual a parte mais beneficiada, a influenciadora ou influenciada?
Não é de hoje que a mídia, através de telejornais, novelas, programas, entre vários outros meios, faz parte da vida da maioria da população. Com tamanho envolvimento por ambas as partes, produtores e telespectadores, a influência ocorre naturalmente e por isso, na maioria dos casos, passa despercebida por nós. Ela pode favorecer tanto a própria emissora quanto até mesmo o governo, que se utiliza frequentemente da mídia para atingir a população seja de modo cultural ou até mesmo político. Além do mais, acredita-se que embora seus interesses sejam bastante beneficiados com as manipulações, a influência nem sempre é realizada com sucesso. Quanto mais instruída a classe for, na maioria dos casos, menos influência ela é capaz de sofrer.
         Se pararmos para refletir, veremos que manipulamos diariamente, e sem perceber, as pessoas que nos rodeiam de algum modo. Daí surge os inúmeros questionamentos sobre até que ponto influenciar e manipular é realmente ruim. Em meio a tantas especulações sobre o assunto, espera-se que a população saiba cada vez mais diferenciar sobre até que ponto deve deixar a influência ocorrer. E acima de tudo, que independentemente da instrução por classe, não sejamos apenas bonecos de fantoche manipuláveis, e sim seres formadores de opinião.

Espinha

                Nos confins das férias, madrugada à dentro, eis que a fome ataca. Com a laterna do celular acesa, sorrateiro, lá fui, pé ante pé, desfalcar os cofres da cozinha. Havia biscoitos e outros petiscos, mas o inusitado mais me atraiu, posta de peixe, em verdade peixes, pois eram de dois tipos. O primeiro bem fino, não pesquei, então só podendo desconfiar, desconfiei. Devia ser traíra, especizinha danada de peixe estranho, que come outros tantos e morde mão de pescador iniciante, mas seu comportamento pouco importou, o fato de relevância era o comer mesmo. Só se retirou a cabeça, e o corpo tinha espinhas café com leite de tão mole que se mastigavam. O outro tipo de peixe, da qual a espécie eu nem desconfio o nome, tinha esqueleto mais robusto e, por isso, foi cortado e frito bem amiúde, facilitando a retirada de seus espinhões.
                Veja só, parece até então tudo sem sentido, mas o curioso é ver como o método culinário se assemelha com o nosso comportamento na resolução dos problemas. Aí é que a questão está, tal qual o peixe que apresenta espinha maior é mais dividido para melhor manusearmos; na vida, os maiores problemas tem de ser repartidos e estudados para solução mais eficaz. E o que às vezes acontece no cotidiano dos dilemas, ocorrereu-me; com as espinhas maiores problemas não tive, mas logo com as menores me engasguei, tal qual situação adversa que a gente nem sente na boca e quando vê já vai espetando a garganta. Sorte nossa dispormos de copos d’água, às vezes, quem sabe, dedo na goela, para solucionar o menor dos problemas que se apresentou grande.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Biofilia e Biofobia

                Existe uma conexão irracional entre humanos e todas as outras formas de vida presentes no planeta Terra, essa conexão é explicada pela teoria da “Biofilia e Biofobia”, que vem sendo encontrada em todas as gerações.
                Biofilia é o “amor a vida”, não exatamente amor no sentido sexual, como presente em zoofilia ou necrofilia, e sim no sentido de satisfação ou necessidade de ter a natureza em nossa volta. Isso é algo que não percebemos muito facilmente, pois vemos como se fosse algo comum no nosso cotidiano, por exemplo, criando animais domésticos ou usando plantas ornamentais como decoração para nossas casas. Já a biofobia é o “medo a vida” que também é facilmente encontrado em nosso cotidiano, onde vemos pessoas comuns amedrontadas ao ver ratos, insetos ou qualquer outro tipo de ser vivo em sua frente.
                Essas duas características regem o mundo de forma bela e inconsciente, pois não é certo afirmar que passam de forma hereditária ou é somente um acaso dos fatores determinantes do mundo exterior, entretanto são coisas fáceis e serem observadas e simples de serem entendidas, porem não percebemos que elas moldam a nossa sociedade, às vezes de forma equivocada. Existem sociedades que vivem reverenciando certos animais, e nelas as fobias a cerca deles são, é claro, em menor quantidade, enquanto em sociedades onde não há esse tipo de reverencia, tende a ser em maior quantidade. E há também culturas onde os sacrifícios desses animais servem como oferenda aos Deuses.
                Posso também dizer que há um tipo de biofilia e biofobia entre os animais, já que eles também sentem atração ou repulsão por nós seres humanos, o que nos leva a crer que essa relação é recíproca e real entre todos os seres. Como exemplo disso, posso citar os cachorros, que são descendentes diretos dos lobos, que em um passado foram a necessidade de que houvesse uma cooperação entre humanos e caninos. Sim, muito provavelmente esse é a razão para que nós sejamos muito afetuosos com cães, mas na verdade isso explica que ocorreu um tipo de necessidade em haver eles por perto, o que é explicado pela teoria da biofilia.
                Não estou aqui para julgar se é correto ou errado esse convívio, estou aqui para mostrar a todos que não há vida sem essa conexão entre nós, animais “racionais”, e outras formas de vida, e quem sem ela não haveria nunca vida, como conhecemos, nesse nosso planeta.