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Bem vindos ao mais pensativo, sensato, abusivo e realista blog já visto. Nele você encontra vários assuntos da atualidade (sub)Urbana, que lhes farão repensar no que vos passa despercebido dos acontecimentos diários, levando a uma intriga psicológica e estimulando o debate...esse é o objetivo mor.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Espinha

                Nos confins das férias, madrugada à dentro, eis que a fome ataca. Com a laterna do celular acesa, sorrateiro, lá fui, pé ante pé, desfalcar os cofres da cozinha. Havia biscoitos e outros petiscos, mas o inusitado mais me atraiu, posta de peixe, em verdade peixes, pois eram de dois tipos. O primeiro bem fino, não pesquei, então só podendo desconfiar, desconfiei. Devia ser traíra, especizinha danada de peixe estranho, que come outros tantos e morde mão de pescador iniciante, mas seu comportamento pouco importou, o fato de relevância era o comer mesmo. Só se retirou a cabeça, e o corpo tinha espinhas café com leite de tão mole que se mastigavam. O outro tipo de peixe, da qual a espécie eu nem desconfio o nome, tinha esqueleto mais robusto e, por isso, foi cortado e frito bem amiúde, facilitando a retirada de seus espinhões.
                Veja só, parece até então tudo sem sentido, mas o curioso é ver como o método culinário se assemelha com o nosso comportamento na resolução dos problemas. Aí é que a questão está, tal qual o peixe que apresenta espinha maior é mais dividido para melhor manusearmos; na vida, os maiores problemas tem de ser repartidos e estudados para solução mais eficaz. E o que às vezes acontece no cotidiano dos dilemas, ocorrereu-me; com as espinhas maiores problemas não tive, mas logo com as menores me engasguei, tal qual situação adversa que a gente nem sente na boca e quando vê já vai espetando a garganta. Sorte nossa dispormos de copos d’água, às vezes, quem sabe, dedo na goela, para solucionar o menor dos problemas que se apresentou grande.

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